terça-feira, 25 de dezembro de 2012

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     A gente passa a vida inteira esperando mudanças nas pessoas, pedindo mudanças, brigando (verbalmente) por mudanças, mas não move um dedo.
     Seja a mudança que você quer ver no mundo é uma frase batida e brega, mas pense aí no que pode acontecer se você for a mudança que espera que tenham com você. Não espere que se importem, que liguem, que queiram ficar com você. Se existem sempre coisas que são prioridade, acredite: Você não é o que mais importa e, se essa pessoa é o que mais importa pra você, não existe nada que faça alguém mais infeliz.
     Essa história de que amor de verdade quer o bem do outro sem querer o nosso próprio é a maior balela inventada por um filósofo, ou um bando! Pouco importa porque todos estavam errados! Amor quer compromisso, amor cuida e quer cuidado. Amor não pede, ele exige cumplicidade. Amor requer amor em mesma medida e prioridade. Em poucos lugares uma balança pode ser tão desigual como no amor. Amar demais machuca, amar de menos machuca, prioridades demais geram abandono. E quem ama sente.
    Aí vira piegas e joga frases sem sentido por aí, como se vê no facebook: "Quem não dá assistência abre pra concorrência" ou "Ingratidão perde a afeição". Breguice pura, sabemos, todo mundo ri ou tira onda disso. A verdade? Quem ama demais e recebe de menos tem que colocar pra fora, seja numa frase piegas ou num texto enorme. Porque a felicidade pede pra sair, mas a tristeza implora! Mas sabe o que a tristeza mais pede? Ações. Ela pede que a gente mude a postura, tire quem nos deixa triste, jogue fora o que não nos acrescenta, desista daquela luta que só tira nossas energias e não nos dá um sorriso de recompensa. Nada na sua vida vai mudar se você não mudar primeiro. Repito isso para mim mesma todos os dias. Nada será diferente se você não for. Se as suas respostas são sempre as mesmas, será que não seria hora de mudar as perguntas? Estou me perguntando isso nesse exato momento, por isso resolvi voltar aqui. Não estive perfeitamente feliz durante esse tempo, mas acreditava estar lutando pela minha felicidade. Eu me formei recentemente e estou perfeitamente feliz com a área que escolhi para trabalhar, não é o melhor salário do mundo mas sei que, quando fizer o que devo de forma certa, vou fazer muita gente feliz, viver melhor. Ah, me formei em Fisioterapia =]. Isso exigiu muito tempo, vai continuar exigindo, mas o que me fazia não vir aqui era a negação do meu relacionamento. Todas essas palavras eu me perguntei e iria postar numa rede social qualquer. Algumas pessoas poderiam curtir, gostar do que disse, mas aqui é o meu lugar, onde sei que, quem ler, mesmo que não comente, vai me entender. Então eu fui mesmo uma tola e acreditei em vida cor de rosa. Agora estou vendo que preciso mudar a minha forma de agir, a forma de tratar, ser menos cuidadora dos outros pra cuidar de mim. Mas, quando a gente dá a vida pra outras pessoas, cuidar de si é um processo doloroso. Eu diria que ser egoísta é uma das coisas mais feias do mundo, mas a gente precisa ser quando vive num relacionamento onde um cuida de si e o outro cuida dos dois. 
As pessoas podem dizer que é a dúvida mais nada a ver do mundo, porque está claro que eu tenho que cuidar de mim, mas dói virar as costas pra pessoa que você achava que iria dar as mãos e ver a vida passar por trás de óculos de fundo de garrafa. Porque a gente não acredita, mas os contos de fada não são como a gente pensava e o meu virou isso..
Não tenho como seguir com esse texto, tampouco como acabar com esse texto, ou dizer o que fazer com a minha situação. O que sei é que as minhas palavras falam da necessidade de mudança, a minha alma pede por mudança, mas o meu corpo caleijado insiste em esperar mais um pouco. Eu, pessoalmente, não sei das minhas atitudes, não tenho a menor idéia da que devo tomar e, acredite, esse texto nem imagina que vai ter um fim, mas eu sei que tenho que dar, mas não hoje, só faltam 20 minutos pra terminar esse dia e, quem sabe, com a ajuda de Deus, eu não termino esse texto e a minha decisão amanhã? Aí eu prometo voltar aqui com um texto mais decente, porque depois de tanto tempo, eu devo isso ao blog!

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