E eu fico pensando o que você é na minha vida, de verdade! Eu digo além do meu amor, além do homem carinhoso, atencioso, divertido, inteligente.. Além de um monte de coisas que você já é na minha vida.
Você é o cara que me faz de cozinheira, mas lava a louça pra mim. O cara que me chama de “gostosa” como se me chamasse de linda, e me chama de “linda” como se me chamasse de “flor”. Você sabe me chamar e sabe me definir. Você me delimita, sem me limitar. Você me põe num pedestal, me olha durante dez segundos, me achando linda nas alturas, distante de você, fica ali, apenas me admirando, depois me puxa pra si, porque sabe que o meu lugar de verdade é ao seu lado.
E você me quer toda sua, mas adora andar comigo por aí, como se tivesse um brinquedinho novo, que nunca ficasse velho, ou um premio, ou simplesmente a pessoa mais linda e amada do mundo.E é exatamente assim que eu me sinto quando estou com você: Como toda mulher quer se sentir. Toda mulher quer se sentir amada e depois ela quer se saber amada. E esse sentir saber se segue pra admirada, desejada, linda, não bonita, linda mesmo! Toda mulher quer olhar pra o homem que ama e saber que ele não ama nenhuma outra e não quer nenhuma outra. Poucas conseguem, mas eu consegui, você é assim.
Você me olha e eu sempre sinto que não é pra mim que você olha. Eu? Logo eu? Perfeita assim? Será? Mas você me olha tanto assim que não tem como não ser pra mim. Mas logo eu tão obscura e cheia de manchas, tão cheia de cicatrizes, cheia de sombras no olhar. É como se, quando você me olhasse, tudo de ruim fosse embora, você tem esse efeito libertador em mim. Você é liberdade. Mas ao mesmo tempo você é a tampa da minha panela. Antes eu não acreditava nessas coisas, mas agora acredito que a tampa da nossa panela seria aquela pessoa que prende as coisas boas, impede que elas se percam na fervura, no transporte, nos danos que a nossa panela pode sofrer. Você me prende pra me fazer mais eu mesma, mais minha, mais sua. Então sim, você é a tampa perfeita pra minha panela!
Você me deu o melhor de mim de volta. E ainda me deu mais. Eu pensei que nunca seria carinhosa o suficiente, boa o suficiente, menina o suficiente, mulher o suficiente, responsável o suficiente, namorada o suficiente. Você transformou a fração de coisas boas e descoordenadas que eu tinha em uma figura inteira e perfeita pra você. E eu que era toda torta, toda machucada, toda cheia de pedaços rolando pelo chão, pelo meu quarto. Pedaços de mim, da minha vida, dos meus sonhos, tudo caído por aí. E, de alguma forma que eu não entendo, juntou tudo e me devolveu. Você devolveu o melhor de mim que tinha se perdido. Você me transformou em alguém mais fácil até pra mim mesma.
E, de alguma forma que eu não entendo, eu me sinto mais leve, mesmo que o amor engorde e eu esteja mais pesada, eu me sinto mesmo mais leve. E, de alguma forma que eu não entendo, eu te tive tanto tempo na minha vida, sambando embaixo do meu nariz e eu só te vi agora e você é tão grande e me faz tão grande que viramos quase gigantes diante de um mundo que é tão pequeno e mesquinho. E, de alguma forma que eu não entendo, eu quero passar a minha vida inteira com você. E eu não entendo porque até outro dia eu não tinha você na minha vida e estava viva. E isso acontece mesmo de alguma forma que eu não entendo porque eu achava que era feliz. E isso que eu sinto agora? De alguma forma que eu não entendo como está tudo maior aqui, então decidi chamar de plenitude, e eu me sinto mesmo completa!
E eu fiquei irritada quando você disse que poderia resumir o que me dizer em menos de dez linhas, porque na verdade eu parei de escrever isso pra sair e te ver todo suado, morto de fome, mas ainda assim esquecendo de comer pra ganhar cheiros da criatura mais confusa do mundo, mas que conhece o que é ser perfeitamente em paz ao seu lado. E algo assim, que aconteceu de uma forma que eu não entendo como, desculpe amor, mas eu não posso resumir em apenas “eu te amo”, ainda que isso seja mesmo uma pequena parte da verdade!!
1 comentários:
awwwwwwwwwn! que lindo raffa *.......*
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